sexta-feira, 11 de setembro de 2015

Já tivemos as oportunidades, a vontade e a coragem na mão e mesmo assim fomos capazes de as atirar porta fora. Como? Fizemos com consciência. Atiramos para fora do barco. Afastamo-nos um ao outro, um do outro. Conseguimos estragar e danificar tudo o que tínhamos.  Mas... Instantes depois estaríamos a lutar por tudo aquilo em que fomos os primeiros a darmos-nos como desistentes. Como? Demoramos a assimilar a falta, a ausência, a incapacidade de sermos mais, de sermos felizes. Mas enquanto o tempo ajudava, o tempo também estragava. Estragava ele e deixávamos nós estragar o que de levezinho queríamos que voltasse ao normal. Desistimos tempo sem fim. Não insistimos. Não persistimos. Não nos mexemos sequer para perto um do outro. Para quê? Queríamos sem ter consciência. Queríamos na ausência. Na presença saltávamos fora do barco.
   Olha para nós agora, sem distância e a sermos tanto.

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