A medida do amor é a desmedida da certeza. Nunca estamos certos de certezas absolutas, mas também nunca estamos esclarecidos o suficiente sobre esse acto. O acto de pensar é involuntário, mas é certeiro no cúpido. Somos todos alvos do cúpido e todos fazemos dele o nosso alvo. A certeza que amámos alguém é a incerteza da veracidade do sentimento. Eu amo-te agora, e daqui a um bocado quem de nós ama mais? A certeza dos sentimentos não existe. Existe sim a presença deles. Mas mais uma vez temos a prova que quantidade não é qualidade. Eu posso amar-te pouco, posso amar-te tão pouco que aches que não existe, mas amo. E tu podes amar-me loucamente, de forma desmedida e no fundo não amares nada. Amar não significa tudo. Amar ajuda na conquista e na preservação, na colheita diária e na partilha constante. Amar é bom, mas não é tudo. Também temos que nos querer um ao outro. Amor e Querer andam de mãos dadas. E quantos mais passos dá o Amor, o Querer atropela-o constantemente. Porquê? Porque o Querer tem que ser mais e maior que o Amor.
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