quinta-feira, 3 de setembro de 2015

        Há alguns meses que me conheço! Há meses que me começo a conhecer. O novo eu. A nova vontade. A nova motivação. Sou eu. Nova. Renovada. Mudada se assim lhe quisermos chamar. E conheço-me tão bem. Agora. Agora conheço-me. Andei anos enganada a achar que conhecia quem era. Neste momento desconheço quem fui. Quem caminhou comigo e quem me fez avançar. Não sei. Não me lembro. Não conheço. Aliás, desconheço.
         Comecei aos poucos, pelos pormenores. Uns dizem que os pormenores fazem toda a diferença e outros nem deles querem saber. Eu gosto deles. Afinal são eles que tornam as coisas mais ou menos interessantes, dependendo claro do ponto de vista. Comecei por prometer coisas a mim mesma que sabia ser capaz de cumprir. Não ia falhar com ninguém, mas sim comigo se não cumprisse o que tinha prometido. E pior do que falharmos com os outros é falharmos connosco. A nós. É mau. É desgastante. Depois de ter arrancado, não podia voltar atrás. Também não queria. Estava a conquistar a felicidade e a estabilidade. Fui eu, fui tão eu nesta mudança. Consegui dar os saltos que precisava. Encontrei muita pedra no caminho, mas de todas que fui lançando, haviam umas mais pesadas que teimavam comigo em não ser capaz de as pegar. Mas fui, fui capaz de, mesmo que não as conseguisse levantar, desviar era o mínimo. E eu consegui. Entenda-se que algumas destas pedras foram pessoas. Pessoas sim. Queriam estar cá para incomodar. Para tornar as coisas difíceis, como que se impossíveis. Demorou desviar aquelas pedras todas. E acho que não foram todas. Agora, depois de consciente que fiz o meu trabalho, que me esforcei e que alcancei o meu equilíbrio, ainda me aparecem dessas pedras, pedregulhos enormes ainda a querer impedir-me a felicidade. Como se a felicidade fosse impedida por pedras. Por pedras! Sou tão feliz agora, a desviar pedras 
         Aprendi a ser mais. A ser inteira para quem me quer por inteiro. Aprendi a querer as pessoas certas e as coisas inteiras. Aprendi a amar da forma mais clara e a querer da forma mais justa. Aprendi com os erros. Aprendi que para amar não se impõe condições nem obrigações. Aprendi que para ser feliz não depende só de alguém, depende também da nossa postura para com os outros. Aprendi a ser feliz e a querer felicidade ao meu lado.  Aprendi que tudo na vida tem um porquê mas muitos se's. Os se's é que nos impedem de avançar, de tomar a decisão, de nos sentirmos bem ou mal motivados. Mas os se's geram condições e limitações e nós precisamos disso. Precisamos de saber até onde podemos sonhar, até onde nos podemos deixar levar. Até onde queremos e podemos ir. Temos e devemos ter a consciência de quem somos e porque somos. Se valemos os esforços, ou se são os esforços que valem por nós. O lugar que ocupamos, só é ocupado por nós. Pela nossa consciência, personalidade, vontade e seriedade. Somos nós quem comandamos o barco. O nosso barco. Somos nós quem o faz equilibrar quando as ondas são brutas e somos quem o faz balançar de festejo quando as coisas correm bem.

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