2014
O começo do ano faz-se com a força toda, com a vontade e com a determinação suficiente para que nada seja maior nem melhor que nós. É sempre assim que começamos o ano mas nem sempre conseguimos alongar isto para os 365 dias que o ano nos reserva. É preciso que não desistamos à primeira, que não percamos a força, que não deixemos que nos levem a vontade. Somos nós, depois nós e só no fim os outros. O nosso bem estar é o sucesso também da nossa vida pessoal e profissional.
3, 2, 1 começou 2014:
O meu aniversário, os meus 19 anos. Os meus amigos perto. Alguns longe e ausentes. Os sorrisos, os parabéns, as mensagens e tudo aquilo que eu gosto. Mesmo as surpresas e os contratempos que acabam por acontecer. Foi bom, adoro fazer anos, festejar o aniversário e ser o mais feliz que posso nesse dia, sem limites, sem condicionantes. Sou feliz e pronto.
Durante o ano acontecem sempre coisas que preferem esconder de nós, nem que para isso a amizade deixe de ser prioridade. Como se diz e eu aplico muitas vezes "O karma não dorme" e quando menos se espera a mentira acaba por não aguentar e explodir. Aí somos nós, a verdade e a mentira, a ver quem vence. Costuma-se dizer que a verdade vence sempre quando a queremos com mais vontade do que força, e quase sempre isso verifica-se.
Aniversários e mais aniversários de amigos, da família e até de conhecidos. Festas e diversão ao máximo. Recordar quem partiu e quem faz falta. O peso da saudade e da solidão por vezes alia-se a nós de uma forma que é mais difícil de os largar do que esquecer.
A descoberta de que algumas pessoas não foram tão correctas e verdadeiras comigo mas que o destino encarregou-se de lhes fazer pesar a consciência, de os fazer tomar medidas mesmo que essas fossem as menos correctas ou mesmo as que as levou a afastarem-se de mim.
Estudo e desilusão pós-exame.
Ida ao Edp Beach Party em Matosinhos, com alguns amigos, que nunca vou esquecer pelas razões mais óbvias de que nunca passei tanto frio! (oh tempo, não voltes para trás, e se voltares traz uma mantinha!)
Os 25 anos de casado dos meus pais, ora portanto as Bodas de Prata. A família, a felicidade, a comemoração de anos de casados. O afecto. O tudo de bom da família estar reunida e unida.
A aventura da viagem de Barcelos-Lisboa e de seguida Lisboa-Alentejo para o Meo Sudoeste. Sem dúvidas que foram os melhor dias com aventura, com pessoas novas, amizades construídas e fortalecidas. A ida do Alentejo-Barcelos que parecia não querer acontecer. A volta a casa, as saudades, a cama confortável, carregar o telemóvel sem ter que estar a tomar conta a 300%, o tomar banho com água quente: aquelas coisas que só damos valor quando estamos sem elas.
As férias em Albufeira com a família (os tios e a afilhada). A praia, a piscina, os almoços e os jantar apaparicados. Os serões a ver o reflexo do mocho na piscina, a dona da Quinta que era um amor de pessoa e que ficou com um amor por nós que nunca vi.
O mês que tudo devia e tinha que mudar. O mês que começou com as férias em Albufeira e acabou com as férias em Barcelos, em tédio por não saber o que, em tempo de ano lectivo, ia surgir para fazer.
Inscrevi-me, novamente, na escola para fazer uma disciplina. Comecei a trabalhar. Tudo começava a tomar um rumo. O rumo que eu queria e precisava.
Guardei como pensamento e lema naqueles dias, de alguém que me diz muito, o Gustavo Santos o seguinte pensamento" Persiste! Se desistes agora nunca saberás o que poderias ser e onde poderias chegar.". Nós sabemos que não devemos desistir quando alguma coisa faz mudar a nossa maneira de pensar, e foi o que me aconteceu. Inspirei-me várias vezes neste Senhor e agradeco-lhe algumas palavras, que mesmo não sendo direccionadas a mim, me ajudaram e fizeram de mim o que eu sou hoje a começar um novo ano com um espírito e vontade diferente, de alcançar o mundo com as minhas próprias forças.
A ida a Vila Real, à receção ao caloiro para assistir ao concerto dos D.A.M.A., o prazer de conhecer e conviver com pessoas que pouco ou nada conhecia.
O concerto do John Legend em Lisboa, no Meo Arena. A aventura e a ansiedade de o ver e de vibrar na plateia como todos os que lá estavam vibraram.
Depois surgiu a viagem que mais gozo me deu preparar, a viagem a Castelo Branco. Há algo melhor do que uma surpresa (mesmo surpresa!) a uma das pessoas que mais gostamos? A aventura de andar mais de 5 horas de autocarro, ir no desconhecido, ouvir histórias, não saber onde devo sair. Conhecer os amigos dos meus amigos é um prazer que também a vida me deu, este ano. Conhecer pessoas de sítios opostos a onde vivo, com sotaques e formas de ver as coisas diferentes. Espetacular!
O último mês do ano basicamente é a reorganização de ideias para o ano que vem, é o somatório de tudo o que de bom e mau aconteceu. É o natal em família que eu pensava não voltar a ver e no entanto surpreendi-me porque houve possibilidade de união e foram capazes de deixar os atritos fora da porta. O mês do frio, das compras, das mantas, dos filmes e dos chocolates. Da simpatia estranha das pessoas que se deixam levar demasiado pelo espírito natalício.
Em suma, uma reflexão:
Deixei de me importar com a associação das pessoas às coisas e as lembranças que as pessoas tentam deixar nas coisas que nos oferecem. Consegui extrair quase tudo que estava mal na minha vida, e o que ainda permanece está ainda em processo de extração (que diminuirá drasticamente em 2015). A mudança de um ano para o outro não nos muda, nem nós mudamos em função dele. Se for para mudar, se é para haver mudança essa ocorre durante o ano, na primeira semana, a meio do ano ou no fim...e não com a mudança do ano.
A mudança do ano serve para traçarmos novas metas, reaprendermos ou reorganizarmos prioridades. Traçarmos novos objetivos consoante os nossos limites e possibilidades. Somos o que fazemos e somos o que dizemos. O nosso ano reflete-se nisso.
O ano é um acumular de experiências nossas e dos que nos são mais próximos. Aprendemos a amar o mínimo, a perdoar o suficiente, a partilhar o necessário, a confiar mais e a vencer todas as vezes que nos forem possíveis. Aprendemos também a valorizar o nosso bem estar e as nossas convicções. Aprendemos que devemos seguir o que a cabeça manda mas também o que o coração sente.
UM BOM ANO com força extra*!
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