CAPÍTULO 42 - OFICINA
Não há oficina que nos cure ou garanta conforto nas horas mais solitárias. E se houvesse, seria ideal para a cura da ausência, da tristeza ou da incapacidade? Temos um substituto à altura, se tivermos alguém que nos dê um colo seguro ou um abraço apertado. É bom quando temos alguém que nos mime. É bom saber que temos alguém que nos console e nos dá amparo. É bom, também, quando oferecemos a "nossa oficina" a alguém. Os materiais somos nós que escolhemos para concertar o coração alheio. Somos capazes de detetar o que alguém precisa, mas nem sempre somos capazes ou capacidade de nos atrevermos a dar alguma coisa sem pedido prévio.
Gostamos de carícias, mas devemos dar. Gostamos de sentir apoio, mas se não o dermos, não o merecemos receber.
Sem comentários:
Enviar um comentário