quarta-feira, 24 de julho de 2013
Sentei-me a ler no parapeito da janela. A brisa era fria e os meus lábios iam secando, tanto que rasgavam como feridas no joelho. Enquanto lia, relia, pois o que tivera lido, lido não ficou. Tudo me invadia o pensamento, como quem invadia um campo de batalha. E eu, eu bem queria arranjar concentração como que um refúgio para os meus pensamentos. Mas os planos saíram furados. Eram mais os pensamentos do que a concentração dos guardas a querer proteger o povo. A força de vontade expandira-se pelo terraço como sangue derramado pela ponta da espada. Eu não queria crer, mas a verdade é que tinha que parar com as leituras, pois não estariam a surtir o efeito desejado. Quisera eu amarrar-me aos pensamentos. Para viajar basta existir, existir eu sabia que existia ali, pelo menos, gelada ainda no parapeito da janela. E a viagem essa que ainda não ia a meio, e eu sem querer descolar.
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2 comentários:
adorei , sigo :)
Tenta viver um bocadinho Inês :)
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