É tão mau escreveres o que escreves, dizer o que dizes, não fazeres o que deixaste um outro alguém fazer. É como ver um vazio olhar para ti assim. Não sei porque o fazes. Não dessa maneira. Não sei até porque te escondes da verdade. Porque procuras algo que não queres. Porque é que és o que dizes para não serem? Porque te fazes de invisível, quando no visível és o que querem ver? Porque escondes esse sorriso frágil, dócil, bom, forte, grande? Porque és tu, e isso explica tudo. Quase tudo. Porque não te dedicas exclusivamente a quem te quer bem? Ama. Porque não amas? Tens então medo de sofrer. Não tenhas, dá-me a mão e vencemos. Estás a perder o que em ti é essencial, a essência de ninguém ter a capacidade de ser como tu é de todos. Ninguém é alguém para fazer-se passar por outra pessoa que não é. Não sejas cruel contigo, não te martirizes, não assim. Porque és amargo mesmo sem dizeres algo. Porque fazes falta sem teres marcado presença o suficiente na última vez que cá passaste. Porque tu tornaste-te gelo. Porque eu expludo ao conjugar palavras tão fortes e tão sensíveis, tão duras mas de forma tão confrontada. Chega, basta. Por mim sim, e por ti... voltas a ser quem eras?