domingo, 7 de outubro de 2012

Serei a única na tentativa de remar para um lado e ter a maré a levar-me para outro. É desorientador, é devastador. As forças prendem-se aos remos, e as mãos descaem-se no lodo das cordas que seguram o barco. O barco tanto sobe como desce, tanto segue caminho como pára no alto mar. Onde as tempestades são tremendas e as chuvas agrestes. O barco inclina, o barco vira. O barco nunca se recompõe o suficiente para aguentar a tempestade seguinte. O barco recompõe-se o quanto consegue, mas as tábuas de tanto lhes bater acabam por se degradar com a corrosão do sal. Resta encalharmos noutro percurso para que ou tudo fortaleça ou tudo se auto-destrua. Enquanto isso, deixemos-nos ir com a maré.

5 comentários:

Mariana disse...

também o adorei :), e o Gelo? :) já andaste?

Mariana disse...

nunca te deixes ir com a maré*

Mariana disse...

no Gelo, ando na sexta ou no sábado, prometi-lhes xd

Mariana disse...

Se fossem todos assim xd...

Mariana disse...

há sempre tanto mais para dizer :)