Eu guardei as palavras que na altura devia dizer-te mas pediste para não o fazer. Guardei também tudo aquilo que anteriormente me tiveras dito, em tempos passados, em momentos mais delicados. Ouvi-te sempre, e fui como uma espécie de gravador de todos os pequenos ruídos e detalhes. E agora que estás numa pausa pessoal, que tudo ao teu redor congelou em forma de escudo de protecção, pensa e repensa no que és e na força que tens. Pensa que és uma lutadora e acima de tudo uma lutadora vencedora. És também muitas outras coisas, e as palavras já faltam para discriminar-te do resto da multidão. Enquanto isso consegues tu, destacar-te da mesma, consegues marcar em cada um de nós, em cada um de ti o que tens aí dentro. Consigo parar para pensar, pensar para não magoar, parar para não sufocar-te com a minha hesitação e resguardo. Seja quando for, a minha mão não ficará nunca congelada para te levantar, por pouca força que terá, ela vai erguer-te quando chegares à tua meta. Eu cá te espero, com anseio.